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Destaque - Cuidados com a boca - como cuidar do piercing

Piercing na boca: cuidados necessários

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Para quem tem piercing na boca é necessário atentar-se aos cuidados de higiene para não ter problemas e doenças.

A aparência diz muito sobre a personalidade das pessoas. Utilizar o corpo para se expressar é algo muito comum, desde o modo de se vestir e se portar até modificações corporais maiores, como as tatuagens, alargadores e piercing na boca.

Diversas partes do corpo podem ser utilizadas com esta finalidade, a boca é uma das principais delas. No entanto, colocar um piercing na boca, língua, freio labial e bochechas, requer uma série de cuidados. Veja como cuidar do acessório para evitar complicações.

Cuidados necessários com o piercing na boca

O processo de cicatrização do furo irá depender diretamente dos cuidados iniciais, logo após a perfuração do piercing na boca. Por isso, a higienização do local é fundamental. Durante as primeiras semanas, limpe a área, no mínimo, três vezes ao dia.

Nas regiões externas da boca, utilize um algodão com água e sabonete neutro antibacteriano. Na parte interna, o ideal é embeber uma gaze em soro fisiológico. Antes de fazer a limpeza é imprescindível higienizar bem as mãos para não expôr o local a mais bactérias.

Os tecidos da boca são extremamente sensíveis, portanto, com a colocação do piercing na boca, pode haver inchaço e dores na área perfurada. O aumento da produção de saliva também é natural nestes casos. Para aliviar o incômodo, opte por comer alimentos mais frios e fáceis de mastigar, como sorvetes e gelatinas, por exemplo.

Uma higienização bucal adequada deve ser rotina para quem usa o acessório, independentemente de qual parte da boca ele esteja. É preciso evitar ao máximo o acúmulo de resíduos de alimentos ao redor do piercing, especialmente, na língua.

A escovação também deve ser mais cuidadosa, para evitar bater a escova de dentes com muita força contra a jóia. O uso de enxaguantes bucais pode ajudar no processo de cicatrização, devido à sua ação bactericida, porém, escolha produtos sem álcool, para não provocar ardência no local recém perfurado, como é o caso da linha Clinexidin, específica para pós-cirurgico e cicatrização.

Além disso, depois que o tecido estiver cicatrizado, a retirada do piercing deve sempre ser feita frequentemente. Assim, a limpeza no local do furo poderá ser feita de forma mais completa.

Possíveis problemas

O corpo reage ao piercing na boca considerando-o um corpo estranho e tentando expeli-lo, dessa forma, há a chance do organismo não se adaptar ao acessório. Isso pode resultar em inflamações e infecções do tecido oral, mesmo quando os cuidados são tomados adequadamente.

Vale a pena ressaltar que o acúmulo de placa (biofilme) na jóia, ou na região do furo, pode produzir uma reação inflamatória que pode induzir uma rejeição ao piercing. Portanto, mantenha ele sempre bem higienizado. O uso de um enxaguante bucal, pode auxiliar na manutenção da higiene, mas não deve ser adotado como única forma de limpeza.

O atrito entre a jóia e a gengiva, ou os dentes, também pode ocasionar problemas. Traumas dentários, fraturas e lesões, ao bater o piercing contra o dente, danos à mucosa, devido ao hábito de girar o acessório, além de aftas e ferimentos na gengiva, são algumas das possíveis complicações.

E, para quem usa aparelho dentário, é preciso pensar muito bem no local onde será feita a perfuração. Dependendo da área, a jóia pode enroscar no fio ortodôntico ou em outros acessórios do aparelho, causando acidentes e ainda abrindo espaços, o que poderá interferir no tratamento.

Então, antes de decidir colocar um piercing na boca, converse com o seu dentista. E lembre-se: quando for fazer a perfuração, procure um profissional qualificado e que utilize antissépticos e materiais devidamente esterilizados.

E você? Vai colocar ou já tem um piercing na boca? Quais os cuidados que você tem tomado? Tem dúvidas sobre esse assunto? Conte-nos aqui nos comentários.


Leia mais: Os procedimentos estéticos que podem ser feitos pelo dentista

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Dr. Ricardo Almeida

Prof. Dr. Ricardo Sergio Couto de Almeida é dentista graduado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL),
Mestre em Patologia Experimental pela UEL, Doutor em Microbiologia pela Universidade Friedrich Schiller (Alemanha),
Pós-Doutor em Genética Molecular pela USP, Aperfeiçoado em Endodontia pelo Instituto Invicto (Maringá) e Professor de Microbiologia e Biossegurança para o curso de Odontologia da UEL.

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